sábado, 23 de junho de 2012

Colônias do Frigorífico





Depois da inauguração do Frigorífico em 1913 começaram a ser contratados funcionários vindos de outros países, principalmente lituanos. Para acomodar este pessoal foram construídos barracões de madeiras, cobertos de latão. 
Com o crescimento  da fábrica e a vinda de mais funcionários foram surgindo avenidas repletas de casas, denominadas de colônias. Surgiram as avenidas Central, a Paulista, a Colina, a Federal,   a avenida da Estação, a avenida Campinas, avenida da Cocheira, rua coronel Luciano,  rua  Barretos. 
 A primeira colônica a  ser construída construída foi a Central, com tijolos feitos na olaria. 
 Na avenida Central e na avenida da Estação moravam os chefes e encarregados de seções. 
Nas avenidas  São Paulo, Campinas,   Colina,  rua Barretos, rua rua coronel Luciano moravam os operários em geral. Na  travessa Federal moravam os ingleses, pessoas da inspeção, compradores e vendedores de gado, médico e alguns funcionários de confiança.
Existia também a casa do gerente que ficava dentro do campo de golfe. 
Dentro da fábrica existia um galpão que recebia  os imigrantes de várias nações.

Neste espaço colocamos as fotos que foram postadas no grupo do facebook "Bairro Frigorífico e seus moradores" sobre as colônias e alguns comentários dos membros. 



Antes da construção das colônias havia casas de madeiras utilizadas pelos primeiros trabalhadores. Localizavam, segundo Dez, do outro lado do Ribeirão Pitangueiras. Ficavam entre a Mina (bombinha) e a Vendinha. Eram barracos de madeiras e cobertos com latão. Os empregados moravam nestas casas antes da construção das colônias". 
Maria Luiza Jerep afirma que  essa foto é uma das mais antigas do Frigorífico, porque seu pai nasceu em 1927 e nasceu em casa de colônia. 


Avenida São Paulo. A avenida mais longa do bairro. Começava na cadeia e terminava perto da casa dos Mazelli. Esta é a primeira colônia que era de um dormitório só, segundo Antônio de Padua Costa. 

Colônia da Avenida São Paulo, foto do acervo do senhor Antônio de Padua Costa. As casas desta colônia possuíam dois dormitórios. Segundo depoimento do senhor Antônio: "Eu morei na primeira casa. Eram meus vizinhos senhor Luizão e dona Palmira (ele era encarregado nas câmaras frias). ao lado dele morava o senhor Salomão e esposa (pai da dona Leila, casada com o senhor Armando Ventrilho). Salomão era capataz da elétrica. Na próxima casa morava o senhor João Passareli. Sua esposa era a dona Alice (tinha vários filhos, entre os quais: Vilma, Valmir, Valter, Vicente, Geraldo e Cidinha). Na próxima casa morava o senhor Antonio Perassoli e sua esposa Santa. Seus filhos: João, Alda, Sirley, Laide, Joel, Hélio, Sérgio, entre outros. Na penúltima casa morava o senhor Costa e dona Amalia e os filhos Ailton Martins (Roda), Valdeli (Zinha) e Cristina. Depois, morava o senhor Armando dos Santos e sua esposa, tinha uma filha a Marta, casada com o Ito, filho do senhor Agostinho Ladário. Ao final morava o senhor Agenor, que tinha os filhos Rosa, Selma, Ari e José".



Recorte da Avenida São Paulo, foto do acervo José Mesquita. 


Avenida  São Paulo. Cacilda em pé. Sentada está Odete Sarri, segurando Vânia, irmã de José Mesquita. Ao lado Zezito e a esquerda Bete Borges, 1964.  Álvaro Garcia ressalta que na foto o banco do senhor Salim.  Ele buscava os filmes na estação. Era o pai de Isse, Jorge Selebra e da Nena. Cleide Vieira morou em frente ao Salim. Foto do acervo de  José Mesquita.

Avenida São Paulo, do lado direito.  Foto do acervo de Antônio de Pádua. 

Colônia da  rua Barretos. Localizava-se beirando a fábrica, do lado esquerdo para quem seguia rumo ao chiqueirão e também a vendinha. Foto do acervo do senhor Antônio. 

Colônia da Avenida Colina ou Colônia do Sapo, foto do acervo de Antônio (Dez). Maria Regina Pereira atenta para as mangueiras nos fundos dos quintais, onde subiam para "chupar manga até ficar dom dor na barriga". Rita Costa Valle Machado lembra "que era tanta manga e goiaba, uma delícia". Segundo Antônio de Pádua,  na primeira casa a esquerda morava a família do João Paulinio, na segunda a família Foresto. 

Recorte da Colônia da Avenida Colina, década de 1960,  f oto do acervo de Antônio de Padua. 
Essa foto mostra a Avenida Central com eucaliptos. Os eucaliptos foram cortados, porque houve um acidente com um  eucalipto que  caiu em cima da casa de um inglês, durante uma tempestade. Mandaram podar.   Foto do acervo de Antônio de Pádua. 




Nesta foto nota-se que  a avenida Central tem postes para energia elétrica e na avenida São Paulo ainda não. Foto do acervo de Nilva Vieira.Segundo Noemias Carmargo, a avenida vinha "lá  de perto da igreja presbiteriana, passava em frente ao restaurante e ia até o frigorífico. Abaixo da linha do trem a avenida São Paulo". 


Avenida Central ao fundo. Marisa Salvador, Zezé, Silvia Volpe, Eduardo Carlos, vó Mariquinha, Nilton Vieira, Galé- Carlos Greco, Cecília Dalbó e Alayde Grego. 

Avenida Central sendo asfaltada. Foto do fotógrafo Maurício, acervo de P. Paulo Baptista.
Álvaro Almeida Filho relembra que morava na Avenida Central e que "nessa época arrancaram todas as árvores para passar o asfalto, foi legal na época, porque a gente brincava nos galhos e nas árvores arrancadas até o pessoal passar e levar tudo embora. Ótimos tempos". A primeira casa era o Restaurante, Panificadora e Armazém dos Irmãos Sarri.


Esquina da Avenida Federal com avenida Central. 
Inicialmente morou nesta residência o senhor Alcides Volpi e dona Ricordina. Depois mudou-se para esta casa o  senhor Diamantino Malho. O senhor Albino foi casado com albina Malho, pais de Sonia Abbade, Cristina e Carlos. Carlos casou-se com Viviane Bonatelli, pais de Lucas Bonatelli Malho. Está foto é de 1974.  Acervo de Arminia Barbosa.


Casa que foi do Diamantino Malho, em junho de 2012. 


Avenida  Federal em 1974. A casa ao fundo era do chefe da inspeção federal, doutor Elmo. Depois da casa do Diamantino Malho morou Leopoldo Costa. O médico Antônio Buquera morou nesta avenida. Em 1974 Édson Gonçalves relembrou ter sido seu primeiro emprego na casa do doutor Elmo e da dona Rosita, para cuidar do jardim. Foto de Leopoldo Costa.


Casa em que morou Leopoldo Costa, na avenida Federal. Foto de 1976. O menino na varanda é seu filho Adriano, hoje engenheiro de computação em São Paulo. foto de Leopoldo. Segundo Álvaro Almeida Filho esta casa ainda não foi demolida e ele intercalava o serviço de jardim na casa de Leopoldo, em brincar com os meninos. 

Avenida Federal, junho de 2012


Casa em que morou Silvia Morais, na avenida Campinas.À frente da casa está a caloi 10 amarela do irmão de Silvia, Marcos. Foto do acervo de Silvia Morais. 


Avenida Paulista. "Vinha do campinho perto da igreja  Presbiteriana e ia até o final, próximo ao restaurante, perto do tio de Noemias Carmargo, Dico. Indo para o restaurante tinha as casas em frente ao campo. A avenida de cima era  a Campinas. Descrição de Noemias Camargo, foto do acervo de Arminia Barbosa.   


Mais fotos da época da demolição. Foto do acervo de Arminia Barbosa. 



Avenida Estação, número  221. Foto postada por Mirian Ferraz Pereira.


Avenida Estação, junho de 2012.

Capela



José Mesquita e Roseli Tineli